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Eu não vou esconder a minha religião!

  • Foto do escritor: Lauane A. C. Silva
    Lauane A. C. Silva
  • 28 de fev. de 2024
  • 4 min de leitura

Eu não vou me esconder, custe o que custar...


Recentemente o CRP (Conselho Federal de Psicologia) publicou uma nota em respeito, proteção e isonomia para todas as religiões e convicções filosóficas. Porém é óbvio que essa postagem não passa de uma sinalização de virtudes - já que na prática é completamente diferente. Esse respeito na verdade é extremamente seletivo. Ele é válido para aqueles psicólogos que se apresentam e se posicionam nas vertentes religiosas dos interesses políticos, partidários, sociais e ideológicos que o CFP defende.


O CRP compactua com diversas pautas ideológicas e políticas - divulgam e defendem abertamente essas pautas, compartilham vídeos (reels), com psicólogos se apresentando e nomeando-se de maneira ideológica, inclusive utilizando-se dessas nomenclaturas para captar pacientes (seu público alvo), e o mero mortal aqui de baixo (aquele contrário a essas posições) não pode JA-MAIS se posicionar socialmente (redes sociais) enquanto cristão, sem ter problemas maiores com a Regulamentação 07/2023.


Vi nessa mesma postagem no perfil do CFP, uma galera defendendo que o psicólogo não pode e não deve se posicionar enquanto cristão, defendendo que a religião é algo íntimo e deve ser mantido escondido, Isso é válido somente ao cristão? Porquê? Enquanto eu me escondo enquanto cristã, é aceitável outros profissionais se denominarem através de suas ideologias? Porque uma ideologia (feminismo ou a ideologia de gênero por exemplo) é mais válida do que a minha religião?


Quer dizer que o que pode ou não pode é seletivo?


Diz que "vedado ao psicólogo utilizar o título de psicólogo associado a vertentes religiosas" - mas utilizar o título associado a outras pautas políticas está tudo bem - com uma pesquisa rápida você irá encontrar um milhão de psicólogas feministas, sem nenhuma oposição dos nossos conselhos - isso sem contar a naturalização dos incentivos e apoio a causas contra a vida.


Enquanto psicóloga clínica em minha atuação dentro do manejo clínico e tratamento do meu paciente, eu trabalho com ele seguindo a Terapia Cognitivo Comportamental, respeitos seus princípios e suas técnicas. Faço o processo de avaliação, a lista de dificuldades, conceitualizo o caso, faço reestruturação cognitiva, uso o processo de descoberta guiada e questionamento socrático, realizo psicoeducações, faço o uso de ferramentas e etc. Com isso, juntos, buscamos o desenvolvimento de sua saúde mental, de sua regulação emocional e do seu desenvolvimento enquanto SER HUMANO - respeitando principalmente os desejos e metas terapêuticas do meu paciente - direcionando o meu paciente a alcançar uma vida que segundo ele, vale a pena ser vivida.


Enquanto psicóloga, eu vejo o ser humano em sua totalidade, aprendi isso na faculdade (além claro, de ter aprendido também um monte de pautas imorais e um modernismo vergonhoso). E a espiritualidade/religião é uma delas - assim como a sexualidade. Se os objetivos e desejos do paciente exigir que essas áreas sejam trabalhadas, iremos trabalhar. Ou quando o paciente precisa trabalhar por exemplo o desenvolvimento da sua saúde financeira ou o desenvolvimento da sua saúde física, isso não deve ser trabalhado? Com a espiritualidade/religião é exatamente a mesma coisa. Afinal, as regulamentações do CFP dizem que "o psicólogo deve considerar os aspectos históricos e culturais das experiências espirituais e religiosas".


Tenho Zero PROBLEMAS em conduzir o tratamento do meu paciente utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidas e fundamentadas na ciência, na ética - mas isso não me faz abandonar os meus valores e a minha moral. Em meu exercício profissional, eu observo a dimensão da religiosidade e da espiritualidade como elemento formativo das subjetividades e das coletividades - e dentro do meu exercício clínico, eu também respeito as vivências e as buscas religiosas dos meus pacientes.


Inclusive, eu defendo o direito do paciente/cliente em adquirir uma prestação de serviços psicológicos com consciência e conhecimento dos valores do contratante (que ele está escolhendo contratar para cuidar de sua saúde mental) - sendo assim, defendo o meu direito em me posicionar enquanto Cristã, para que o meu potencial paciente sinta-se livre para escolher ou não realizar o seu tratamento comigo.


Se o CFP acha belo, justo, moral e digno que os profissionais divulguem suas identidades de gênero e seus posicionamentos políticos e ideológicos, então porque não a minha religião?


Daqui vocês não vão me ver escondida e acuada. Não vou ficar bem escondidinha do jeito que os interesses de uma instituição altamente politizada exige daqueles que são contrários aos interesses e pautas deles, quer.


Eu tenho a minha religião, meus valores, minha moral e os meus posicionamentos. Isso aqui é a minha rede social - rede essa que fica quem quer, eu não estou aqui para agradar - isso aqui é o reflexo de quem eu sou enquanto ser humano e profissional.


Além de psicóloga clínica, sou supervisora, sou professora, sou criadora de conteúdos e sou gente também. Sou filha, sou irmã, sou amiga e sou namorada. Sou Cristã-Católica (faço parte do Caminho Neocatecumenal), sou a favor da família (você constrói a sua como achar melhor e eu construo a minha do lado de cá - não se mete na minha e eu não me meto na sua), sou a favor da vida, sou a favor da minha e da sua liberdade em defender os seus interesses e valores e principalmente: sou a favor da liberdade de expressão.


Defenderei aqui o meu direito de defender os meus valores - custe o que custar!




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